Ilse Lieblich Losa nasceu a 20 de Março de 1913, em Bauer, uma cidade perto de
Hanover. A primeira infância foi passada com os avós paternos. Frequentou o liceu
em Osnabrük e Hildesheim e o Instituto Comercial em Hanover. Após a morte do
pai, partiu para Londres, como au pair, onde tomou conta de crianças durante um ano.
De regresso à Alemanha e devido à sua ascendência judaica, foi perseguida pela Gestapo
e teve de abandonar o seu país. Chegou a Portugal em 1934, radicando-se no Porto,
cidade que se torna o seu refúgio e que a vê crescer como escritora. Casa com o arquitecto
Arménio Losa e adquire a nacionalidade portuguesa.
Ainda que o seu nome se encontre profundamente ligado à escrita destinada aos
mais novos, a sua obra estende-se ao romance, ao conto e à crónica (por exemplo, escreveu
uma coluna no Público, desde o lançamento deste jornal, em 1990, até finais de 1992). Com
colaboração dispersa por jornais e revistas portuguesas e alemães, de que salientamos o
Jornal de Notícias, o Comércio do Porto, o Diário de Notícias, Neue Deutsche Literatur,
entre outros, Ilse Losa inicia a sua actividade literária, em 1949, com o romance O Mundo
Em Que Vivi, um caso exemplar de literatura preferencialmente destinada aos adultos
que é recebida por jovens1
. É neste mesmo ano que escreve também o livro Faísca Conta
a sua História, título que inaugura o conjunto vasto de textos situados na comummente
designada como literatura para crianças. Perante a recepção feliz desta obra, Ilse Losa
começou a escrever para as crianças numa época em que, em Portugal, ao contrário do
que se verificava em Inglaterra ou na Alemanha, o livro infantil não era encarado como
relevante. E é precisamente nesta área que o seu trabalho é reconhecido com o Prémio
Leticia Sousa Matos n13 5B
Hanover. A primeira infância foi passada com os avós paternos. Frequentou o liceu
em Osnabrük e Hildesheim e o Instituto Comercial em Hanover. Após a morte do
pai, partiu para Londres, como au pair, onde tomou conta de crianças durante um ano.
De regresso à Alemanha e devido à sua ascendência judaica, foi perseguida pela Gestapo
e teve de abandonar o seu país. Chegou a Portugal em 1934, radicando-se no Porto,
cidade que se torna o seu refúgio e que a vê crescer como escritora. Casa com o arquitecto
Arménio Losa e adquire a nacionalidade portuguesa.
Ainda que o seu nome se encontre profundamente ligado à escrita destinada aos
mais novos, a sua obra estende-se ao romance, ao conto e à crónica (por exemplo, escreveu
uma coluna no Público, desde o lançamento deste jornal, em 1990, até finais de 1992). Com
colaboração dispersa por jornais e revistas portuguesas e alemães, de que salientamos o
Jornal de Notícias, o Comércio do Porto, o Diário de Notícias, Neue Deutsche Literatur,
entre outros, Ilse Losa inicia a sua actividade literária, em 1949, com o romance O Mundo
Em Que Vivi, um caso exemplar de literatura preferencialmente destinada aos adultos
que é recebida por jovens1
. É neste mesmo ano que escreve também o livro Faísca Conta
a sua História, título que inaugura o conjunto vasto de textos situados na comummente
designada como literatura para crianças. Perante a recepção feliz desta obra, Ilse Losa
começou a escrever para as crianças numa época em que, em Portugal, ao contrário do
que se verificava em Inglaterra ou na Alemanha, o livro infantil não era encarado como
relevante. E é precisamente nesta área que o seu trabalho é reconhecido com o Prémio
Leticia Sousa Matos n13 5B